Funcionários da Petrobras realizaram ontem uma paralisação de 24 horas, convocada pela Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos em todo o País. Eles reivindicam reajuste salarial e protestam contra a sétima rodada de licitações dos campos de petróleo e gás. ?Estamos entregando as reservas sem discutir com o povo brasileiro, num momento em que estamos chegando a auto-suficiência?, disse o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Anselmo Ernesto Ruoso Júnior.
Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), e m Araucária, a paralisação começou a zero hora de ontem. Segundo Ruoso, praticamente 100% dos funcionários da parte operacional no Paraná pararam e, na parte administrativa, 60% aderiram. Porém, disse ele, não houve grandes prejuízos, pois os trabalhadores que vinham no turno anterior à meia-noite prosseguiram, não interrompendo a produção. ?O transtorno foi mais no setor administrativo. Mas, é um alerta de que estamos preparados por uma greve por tempo indeterminado?, disse.
Reivindicações
Ruoso disse que a categoria reivindica a correção da inflação mais 5% de aumento. ?A contra-proposta da empresa foi só de cobrir a inflação, em 4,89%. Não houve avanços nas negociações?, disse. Os petroleiros reivindicam também extensão do benefício da previdência complementar, garantido pela Fundação Petrobras de Seguridade Social, a todos os trabalhadores, além de outras cláusulas sociais sobre as condições de trabalho e segurança. Segundo Ruoso, os petroleiros querem que seja feito um plebiscito, para que a população decida o controle das reservas brasileiras de petróleo.