O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, voltou a afirmar hoje que, apesar das especulações quanto a uma possível redução do preço da gasolina e do diesel no mercado interno, a estatal ainda não vê condições para isso aconteça, por conta de uma alta volatilidade no valor do barril internacional do petróleo.

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Ele lembrou que no passado o preço do barril “oscilava apenas na casa dos centavos”. “Mas agora está muito diferente. Na semana passada mesmo, o preço variou 8% num dia”, destacou em entrevista coletiva à imprensa durante visita à Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

O diretor negou que haja pressão para reduzir os preços dos dois combustíveis. “Isso será feito no momento oportuno”, disse. Com relação a uma possível elevação do valor cobrado da Cide para compensar a queda da arrecadação do governo desde que o tributo foi reduzido no ano passado, Costa argumentou que a Petrobras “não tem nada a ver com isso; (a mudança) não altera em nada a contabilidade da empresa”.

Ele comentou também que a Petrobras ainda está compensando a diferença nos preços dos combustíveis no ano passado. “Quando aumentamos o diesel e a gasolina em maio de 2008, o barril de petróleo estava ainda bem longe dos US$ 140 a que chegou depois. E neste período não repassamos este valor. Acumulamos uma perda que ainda está sendo compensada”, disse.

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Indagado sobre a possível perda de mercado que a Petrobras teria com um eventual aumento na mistura de álcool na gasolina (hoje na casa dos 25%), Costa se mostrou reticente com esta possibilidade. “Isso ainda depende da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), depende de passar no Congresso”, disse, confirmando em seguida que a estatal teria que destinar a gasolina excedente para o mercado internacional. “Se o álcool passar de 25% para 30%, perdemos este porcentual correspondente no consumo de gasolina e aí teremos que exportar mais”, afirmou.

Neste caso, lembrou, a Petrobras venderia a gasolina no mercado internacional a preços menores que os que vem negociando no mercado interno. “Mas isso é momentâneo. Há períodos em que vendemos melhor lá fora, em outros aqui está melhor”, ressaltou.

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