A Petrobras teve de suspender as operações no oleoduto Transierra, na Bolívia, depois que manifestantes bloquearam uma válvula de segurança, informou a empresa em comunicado na manhã desta quinta-feira (11). O oleoduto abastece o gasoduto Bolívia-Brasil, que oferece quase a metade da necessidade de gás no País.
Os manifestantes também invadiram a produção do campo Volta Grande, na Bolívia, forçando o fechamento da produção no local. “Essas ações afetaram a oferta de gás natural da Bolívia para o Brasil, parcialmente, mas até o momento não impactaram o fornecimento brasileiro”, disse a Petrobras.
No oleoduto Transierra, a Petrobras detém 45% em uma joint venture, enquanto a Total possui 11% a boliviana Andina, 45%. Já no campo Volta Grande, a companhia boliviana Chalco opera o campo, sendo que a BP PLC tem uma participação de 30%.
A estatal de energia boliviana Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos divulgou em seu web site que os protestos irão reduzir o fluxo de gás para o Brasil em 3 milhões de metros cúbicos por dia, e que o conserto do oleoduto custará US$ 100 milhões. A Petrobras disse estar adotando um plano de contingência para reduzir o impacto dessas ações na oferta de gás do Brasil. As informações são da Dow Jones.