A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 12, que o Conselho de Administração da estatal aprovou ajustes no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019, reflexo da revisão de projeções para o câmbio e para o petróleo. A companhia agora trabalha com uma estimativa de Brent com um valor médio de US$ 45 por barril em 2016. A princípio, o PNG 2015-2019 considerava um valor de US$ 70 por barril neste ano, número que havia sido revisado para US$ 55 o barril em outubro passado.

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O cenário menos favorável do petróleo Brent ocorreu também em 2015, quando o preço médio ficou em US$ 52 por barril, segundo a estatal. A princípio, a Petrobras esperava uma cotação média de US$ 60 por barril em 2015, número reduzido para US$ 54 o barril em outubro passado.

As projeções da estatal para o câmbio também foram revisadas. O número estimado para 2016 foi elevado para R$ 4,06, de R$ 3,80 em outubro passado. A expectativa da Petrobras para a relação entre dólar e real já havia sido revisada em relação à previsão inicial, que era de R$ 3,26.

No caso de 2015, o câmbio médio ao final do ano ficou em R$ 3,33, contra os R$ 3,10 previstos inicialmente e os R$ 3,28 revisados em outubro. Ou seja, as revisões apresentadas pela estatal em outubro não se confirmaram no decorrer dos meses seguintes e com isso as previsões da Petrobras para 2015 não vieram a se confirmar.

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Com novas premissas, o conselho da Petrobras decidiu revisar as condições do PNG 2015-2019. “Estes ajustes visam a preservar os objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valor para os acionistas, estabelecidos no PNG 2015-2019, à luz dos novos patamares de preço do petróleo e taxa de câmbio”, justificou a estatal.

Investimentos

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A Petrobras reduziu em US$ 32 bilhões sua previsão de investimentos para o período entre 2015-2019, para um total de US$ 98,4 bilhões. O montante previsto inicialmente no Plano de Negócios e Gestão (PGN) 2015-2019 para o período era de US$ 130,3 bilhões. A redução, segundo a empresa, decorre da otimização do portfólio de projetos (-US$ 21,2 bilhões) e do efeito cambial (-US$ 10,7 bilhões).

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que do total previsto até 2019, a maior parte será destinada à área de Exploração e Produção, que receberá 81% do investimento projetado, ou US$ 80 bilhões.

O segmento de Abastecimento ficará com 11% dos investimentos previstos, o equivalente a US$ 10,9 bilhões. Já o segmento de Gás e Energia receberá 6% da verba, ou US$ 5,4 bilhões, enquanto demais áreas receberão US$ 2,1 bilhões.

A empresa detalha ainda que no ano de 2015 os investimentos devem somar US$ 23 bilhões e cair para US$ 20 bilhões em 2016.

Gastos e desinvestimentos

A empresa informa também suas projeções de gastos operacionais gerenciáveis. A realização prevista para 2015 permanece em US$ 29 bilhões e a programação para 2016 está sendo revista no âmbito do detalhamento do orçamento anual em curso. A previsão inicial era de que os gastos operacionais gerenciáveis somassem US$ 21 bilhões em 2016.

Os desinvestimentos da estatal para o biênio 2015-2016 foram mantidos em US$ 15,1 bilhões, tendo atingido o montante de US$ 700 milhões em 2015.