O primeiro contrato novo de gás assinado pela Petrobras com uma distribuidora estadual prevê aumento de 27% no preço do combustível. O reajuste, porém, será diluído em dois anos, segundo redutor negociado entre a estatal e a Bahiagás, que anunciaram o acordo anteontem. Os termos do contrato devem servir de referência para as negociações entre a Petrobras e as demais distribuidoras de gás canalizado.
O presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, admitiu que houve aumento de preços, como já havia sido anunciado pela Petrobras, mas não quis entrar em detalhes sobre os valores. Com relação ao preço, afirmou apenas que o primeiro reajuste será em fevereiro e deverá ficar entre 4% e 5%. Segundo ele, a empresa estará livre da revisão trimestral de preços de dezembro, prevista no contrato anterior.
O novo modelo de venda do gás acertado com a Bahiagás prevê a divisão da fatura em duas parcelas. Uma delas, fixa, será reajustada anualmente pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e terá como objetivo remunerar os investimentos na infra-estrutura de transporte do combustível. A segunda terá reajuste trimestral pela variação das cotações de uma cesta de óleos combustíveis no mercado internacional.
A Petrobras negocia a adequação de outros contratos aos mesmos termos acertados com a Bahiagás, alegando que garantem mais flexibilidade no suprimento do combustível. Segundo a companhia, novos volumes só serão comprometidos com as distribuidoras após a renegociação dos contratos.