A Petrobras considera a possibilidade de permitir que os consumidores livres participem diretamente dos leilões de venda de gás no curto prazo. De acordo com o gerente-geral de Marketing da Petrobras, Carlos Arentz Pereira, os leilões da companhia caminhavam para essa hipótese quando houve a crise dos reservatórios do setor elétrico.
“Os leilões estavam indo muito bem. Caminhávamos para uma negociação mais dinâmica, envolvendo as distribuidoras e os consumidores finais”, afirmou, durante a apresentação no Gas Summit. A estatal não realiza um leilão de curto prazo desde dezembro de 2012, refletindo a necessidade de direcionar a oferta de gás para o atendimento das térmicas. “Estamos numa situação de estresse, e o custo de oportunidade hoje não é atrativo para o leilão”, acrescentou.
No leilão de curto prazo de gás, a Petrobras negocia às distribuidoras a oferta de gás excedente do mercado. Por conta disso, a companhia negocia o insumo a preços que chegam a ser 40% mais baixo do que nos contratos de longo prazo com as próprias distribuidoras. Ao entrar no leilão, os consumidores poderiam ter acesso diretamente a esse gás natural mais barato. De acordo com os dados apresentados pelo executivo na palestra, o volume médio comercializado nos leilões de curto prazo somou 8,096 milhões de metros cúbicos por dia em 2010, 6,741 milhões de metros cúbicos por dia em 2011 e 6,597 milhões de metros cúbicos por dia em 2012.