A Petrobras trabalha com a expectativa de reduzir as queimas de gás natural no Brasil a partir de abril. Segundo a companhia, o incremento verificado a partir de fevereiro deste ano decorre do não aproveitamento, por questões técnicas, do gás associado produzido com petróleo nas três novas plataformas na Bacia de Campos: a P-51, no campo de Marlim Sul, e a P-53 e o FPSO Cidade de Niterói, no campo de Marlim Leste. “A partir de abril já deverá ocorrer uma redução da queima de gás. Isso decorrerá do maior aproveitamento do gás produzido pela plataforma P-53, que já foi interligada a um gasoduto”, disse a estatal, em nota.

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De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a queima de gás cresceu 29,03% nos dois primeiros meses de 2009 frente igual intervalo de 2008 no País, passando de 5,51 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 7,11 milhões de m³/d. Segundo a Petrobras, o gás dessas três plataformas, que ao longo de 2009 adicionará 4 milhões de m³/d à oferta nacional do insumo, ainda não pode ser aproveitado porque os sistemas de compressão e escoamento do produto ainda estão em etapa final de instalação, comissionamento e testes pela estatal brasileira.

Em junho, a Petrobras prevê conectar aos respectivos gasodutos as plataformas P-51 e FPSO Cidade de Niterói, o que permitirá reduzir ainda mais a queima de gás pela companhia. Na nota, a estatal informou que a queima de gás em campos associados é algo inerente ao processo de produção de petróleo, com vistas a garantir a segurança das instalações. Apesar disso, a empresa disse que o índice de aproveitamento do insumo produzido em suas plataformas alcançou o patamar de 84% em 2007 e em 2008, porcentual superior à média mundial. Até 2010, a meta da companhia é alcançar um índice de aproveitamento de 92%.

Para tanto, a Petrobras disse que já investiu quase US$ 1 bilhão em programas de redução das queimas desde 2001. Como exemplo, a companhia citou que a sua produção de gás associado cresceu 50% entre 1999 e 2008. Nesse mesmo período, o porcentual de aproveitamento saltou de 75% para 85%, o que evitou a queima de 3,5 milhões de m³/dia. “Considerando que neste mesmo período a produção de petróleo da empresa passou de cerca de 1 milhão para 2 milhões de barris por dia, esses são resultados altamente significativos”, informou a estatal.

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