Em apresentação para investidores feita nesta terça-feira, 3, pela Petrobras e publicada na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), a estatal prevê que o primeiro óleo dos campos de Berbigão/Sururu, no pré-sal da bacia de Santos, será extraído no 4º trimestre deste ano, com perspectivas de ficar 25 anos em produção.
Os campos de Berbigão e Sururu, bem como Oeste de Atapu, foram delimitados na antiga área de Iara (bloco BM-S-11A). A Petrobras opera com 42,5%, ao lado de Shell (25%), Total (22,5%) e Petrogal (10%).
O investimento da Petrobras no projeto totaliza US$ 2,6 bilhões. No local opera a P-68, com capacidade para produzir 150 mil barris diários de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural, em lâmina d’água de 2.280 metros.
Segundo a assessoria de imprensa da estatal, a apresentação para investidores obrigou a empresa a divulgar a produção de agosto, depois da estatal ter afirmado que as divulgações passariam a ser trimestrais. No mês passado, a Petrobras teve produção recorde de 3 milhões de barris diários de óleo equivalente (petróleo mais gás).
A empresa informou também na apresentação a investidores que levou 26 anos para produzir 1 bilhão de barris de petróleo a partir da produção em terra e águas rasas, e 15 anos para atingir o mesmo volume em águas profundas, segmento no qual se especializou até atingir a camada pré-sal, que chegou ao 1 bilhão de barris em apenas oito anos.
Na apresentação, a Petrobras informa que 11 plataformas entrarão em operação nos próximos anos, sendo que cinco estão em contratação ou planejamento (Marlim 1 e 2, Seap, Parque das Baleias e Itapu).
Este ano, a Petrobras instalou a P-68, no campo de Berbigão, e no ano que vem planeja a entrada da P-70, no campo de Atapu. As restantes serão instaladas a partir de 2021, informa a companhia na apresentação feita aos investidores.