O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou nesta terça-feira (5) que a empresa pode vender alguns ativos (bens e valores que formam o patrimônio da companhia) adquiridos com a compra da Ipiranga, em março. Segundo ele, a BR Distribuidora está avaliando os mais de 800 postos e bases de distribuição comprados pela estatal nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "Se houver alguma base da Ipiranga ao lado de outra base da BR podemos nos desfazer dela", afirmou.
Costa, no entanto, não quis informar uma data para a conclusão dos trabalhos que vêm sendo tocados por um grupo composto por funcionários da BR em parceria com a área de Abastecimento da estatal. Segundo ele, em cerca de 45 dias um outro grupo de trabalho formado por Braskem, Ultra e Petrobras terminará estudos sobre o futuro da Refinaria da Ipiranga, no Rio Grande do Sul, que também está incluída na operação. Sobre o processo de abertura da Copesul, ele não quis fazer comentários.
Ele participou do plantio das primeiras árvores que formarão um cinturão verde ao redor do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. E confirmou que a estatal será majoritária e operadora na primeira geração do Comperj, que receberá investimentos de US$ 5 bilhões.
Já na segunda geração, que terá investimentos de US$ 3,5 bilhões não há participação definida pela estatal. Segundo o executivo, a definição dos parceiros do complexo depende do processo de consolidação de todas as centrais petroquímicas da região Sudeste.