A apresentação feita pela presidente da Petrobras, Graça Foster, a analistas, publicada nesta sexta-feira, 27, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), revela que a incorporação do excedente da cessão onerosa pela estatal autorizada nesta semana pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) exigiria um investimento adicional de US$ 50,7 bilhões até 2030. O valor não inclui investimentos a serem realizados entre 2014 e 2018 a partir do pagamento de bônus pelo excedente da cessão onerosa, tampouco a antecipação de parte do excedente em óleo como forma de pagamento pela concessão.

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O material divulgado indica que os investimentos na área de excedente da cessão onerosa totalizaria US$ 1,2 bilhão entre 2014 e 2018, US$ 9,7 bilhões entre 2019 e 2020 e US$ 39,8 bilhões entre 2021 e 2030, perfazendo um total de US$ 50,7 bilhões.

Além disso, a Petrobras investiria US$ 800 milhões no pagamento de bônus pelo excedente da cessão onerosa e US$ 5 bilhões via antecipação de parte do excedente em óleo, modelo adotado no regime de partilha. Estimativas do governo indicam que os valores a serem repassados pela Petrobras somam R$ 2 bilhões em 2015, R$ 3 bilhões em 2016, R$ 4 bilhões em 2017 e R$ 4 bilhões em 2018, conforme noticiado anteriormente pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

“Com os excedentes da cessão onerosa, o investimento da Petrobras no período de 2014 a 2018 se eleva em 3,5%”, aponta o material utilizado por Graça Foster em apresentação para analistas. Ou seja, no período de 2014 a 2018, a adição seria de US$ 7 bilhões em relação ao montante de US$ 206,8 bilhões a serem investidos no intervalo nos projetos incluídos nas carteiras em implantação e em processo de licitação da estatal.

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Mas, se por um lado o investimento será ampliado por conta da exploração da área excedente à cessão onerosa, por outro a companhia destaca que o plano estratégico com foco em 2030 prevê uma redução do investimento médio anual após 2020. O valor de US$ 45,6 bilhões por ano entre 2013 e 2020 é reduzido para US$ 26,6 bilhões por ano entre 2021 a 2030, em função principalmente da conclusão de projetos como a construção da Refinaria Abreu e Lima, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias Premium I e Premium II, além de projetos na área de fertilizantes.

Na mesma apresentação, a Petrobras também destaca que o nível de investimentos estimados para o período de 2013 a 2020, quando desconsiderados desembolsos na área de Exploração e Produção (E&P), caem de US$ 10,6 bilhões para US$ 3,8 bilhões por ano em igual base comparativa.

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