A Petrobras prometeu baixar o preço da gasolina e do óleo diesel nos próximos dias. Será a primeira vez que a estatal mexerá no preço dos combustíveis desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo.
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse ontem que a companhia vai anunciar a queda no preço da gasolina e do óleo diesel por conta do recente recuo nos preços internacionais do petróleo e no dólar.
Segundo Dutra, esta redução não deve ser superior a um dígito. Ou seja, deve ser menor que 10% nas refinarias. Há dúvidas sobre o percentual a ser repassado para o consumidor final.
O preço da gasolina tem forte impacto na inflação ao consumidor e o óleo diesel, nos preços ao atacado. A medida deve ajudar a segurar a inflação, que permanece resistente à queda.
Dutra disse ainda que no dia 1.º de maio outros três combustíveis deverão sofrer queda de preços. O querosene de aviação deve ter uma redução de cerca de %. Já o óleo combustível, uma redução em torno de 15% no seu preço e a nafta, uma queda de aproximadamente 30%. Esses três produtos já sofreram aumentos e quedas neste anos.
GLP
Apesar de não estar na lista dos combustíveis que terão seu preço reduzido pela Petrobras nos próximos dias, o gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) também deverá apresentar queda em maio. A expectativa do setor é de que sejam repassadas para o produto a desvalorização cambial do período e a redução no preço internacional do combustível.
O diretor do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Lauro Cota, também presidente da Minasgás, disse que já há no setor a sinalização para esta queda no preço em maio. Analistas estimam que esta redução possa chegar passar de 8%.
Segundo Cota, porém, a redução de preço não deve serr movida só por motivos pontuais. “Além da queda influenciada pelo câmbio e pelos preços no mercado internacional, é preciso haver uma revisão geral do setor”, disse. Os “gargalos” do setor, segundo ele, já foram apresentados à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, em reunião na qual foi criado um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Petróleo e Gás do Ministério e representantes da ANP, Petrobras, Sindigás, Federação dos Revendedores de Gás (Fergás) e Federação Nacional das Associações do Comércio Varejista Transportador de Gás Liquefeito de Petróleo (Fenegás).
