Rio  – O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, garantiu ontem que não haverá alterações nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha “no curto prazo”, apesar da recente alta no preço do petróleo provocada pela redução das cotas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). “Hoje, com o petróleo a US$ 29 por barril, estamos com os preços literalmente alinhados ao mercado internacional”, informou.

Dutra disse que a empresa nao vê, “em uma perspectiva de curto prazo, aumento para nenhum combustível desses”, referindo-se a diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP). A empresa mantém o preço dos dois primeiros produtos estável desde 1º de maio, quando promoveu queda nos preços. Já o GLP não teve nenhuma alteração este ano.

Segundo o diretor de abastecimento da companhia, Rogério Manso, a estratégia da empresa é manter os preços alinhados com o mercado internacional em períodos mais longos, sem promover alterações repentinas. “A política é manter o máximo possível de estabilidade”, afirmou. “Os gráficos mostram que, na média do ano, nosso preço está alinhado”, concluiu.

A falta de uma política definida de preços para os combustíveis é alvo de muitas críticas no mercado de petróleo, já que possíveis concorrentes da Petrobras na importação de produtos não têm segurança para atuar. Executivos e traders do setor dizem que as importações por empresas privadas não deslancham por falta de previsibilidade dos preços. Há alguns meses, falava-se em redução no preço, idéia descartada devido a uma greve na Nigéria.

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