Rio – A Petrobras realiza no dia 2 de abril, no Rio de Janeiro, a Assembléia Geral de Acionistas (AGO) para eleger os membros dos seus Conselhos de Administração e Fiscal. A AGO é anual e deve confirmar a maioria dos nove membros que hoje compõem o conselho. Ainda não foi confirmada se a última reunião mensal do grupo, prevista para 30 de março, deve acontecer.
Segundo uma fonte ligada à empresa, três membros podem ser trocados nessa eleição. Seguem no posto os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Planejamento) e Silas Rondeau (Minas e Energia), que possuem seus mandatos atrelados ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também, ao que tudo indica, deverá ser mantido o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que já teve seu nome afastado dos rumores de dança de cadeiras dentro da estatal.
Pelo menos um nome está praticamente certo que deverá deixar de fazer parte do conselho. É o do ex-comandante do Exército, general Gleuber Vieira, que não integra mais o primeiro escalão do governo. Também compõem o conselho de administração da estatal, e podem ser mudados, os nomes de Fabio Barbosa, vice-presidente do ABN Amro Bank; Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau; Arthur Sendas, presidente do Grupo Sendas; e Roger Agnelli, diretor-presidente da Vale do Rio Doce.
A eleição também deve confirmar os nomes atuais dos membros do conselho fiscal (Marcus Pereira, Erenice Alves Guerra, Túlio Luiz Zamin, Nelson Rocha Augusto e Wilson Risolia Rodrigues). A AGO vai ainda tratar do relatório anual da Petrobras, distribuição de lucros e do orçamento da estatal para 2007.
Manuteção da bandeira Ipiranga não está definida
Rio (AE) – A Petrobras ainda não tem qualquer definição sobre a possibilidade de manutenção da bandeira Ipiranga nos postos adquiridos da companhia. A idéia é que eles sejam incorporados à marca BR, mas tudo ainda está sendo discutido por meio de um grupo de trabalho composto com o Grupo Ultra, informou a presidente da BR Distribuidora, Maria das Graças Foster.
Segundo ela, o grupo tem uma série de decisões pendentes, que devem passar por uma fase ?transitória?. ?Esperamos que essa transição dure o menor tempo possível?, disse. Foster disse que uma das principais pendências é a questão da venda de botijões de GLP. Antes da aquisição, postos da Ipiranga comercializavam botijões da marca Liquigás, que é da BR.
?Mas, certamente, o grupo Ultra terá prioridade para colocar sua marca Ultragás nos postos que ficaram com eles?, disse, lembrando que a companhia não possui nenhum contrato para garantir a manutenção da venda desses botijões.
?Não temos acertada nenhuma associação para trabalhar em conjunto como grupo Ultra, mas vamos promover a sinergia que nos permita adquirir com eles a experiência na venda do GLP e para que eles também possam aprender a lidar com a venda de combustíveis, aproveitando nossa experiência?, comentou.
Ainda segundo ela, a principal ?missão? da BR com a aquisição da Ipiranga é garantir os 4,5 a 5 pontos porcentuais que serão acrescentados em seu market share. ?Diferentemente de uma fábrica qualquer, que quando se funde com outra traz para si o porcentual de mercado da concorrente, os contratos com os revendedores podem ser quebrados se eles desejarem. Eles são livres para procurar outro distribuidor. Mas, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para garantir a manutenção desse porcentual?, disse ela.
A idéia é que, mantendo o mesmo volume de 3,5 milhões de metros cúbicos de combustíveis líquidos comercializados pela Ipiranga nas bases logísticas da BR, haja um ganho na margem de lucro.
