O diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, confirmou que a estatal estuda a possibilidade de aproveitar a licitação da plataforma P-57 para contratar junto ao segundo colocado uma nova plataforma. Segundo ele, o estudo ainda não definiu para qual área seria destinada esta unidade, que terá que ser idêntica ao projeto da P-57. "Não existem ainda sequer negociações. O projeto tem que ser avaliado e depois encaminhado à diretoria para aprovação", comentou.
A possibilidade do aproveitamento da licitação seria uma forma de a Petrobras acelerar seus projetos exploratórios, que tiveram um atraso considerável com o cancelamento das licitações da P-55 e P-57 entre o final de 2006 e início de 2007.
Nesta segunda licitação da P-57, a companhia SBM, com sede em Mônaco, apresentou o menor preço para a construção da plataforma. Os envelopes com as propostas financeiras para a licitação foram abertos na última terça-feira. A SBM apresentou proposta de US$ 1,195 bilhão, seguida pela BW Offshore, de US$ 1 245 bilhão, e da Modec, de US$ 1,44 bilhão. A Petrobras ainda não confirmou oficialmente se a SBM será a vencedora da licitação para esta plataforma, já que a proposta ainda precisa passar por avaliação técnica.
P-54
A Petrobras estuda a possibilidade de novamente contratar a construção de uma plataforma sem licitação, aproveitando a brecha na legislação que prevê este termo de contrato desde que a unidade seja exatamente igual a uma já construída.
A "clonagem" desta vez seria da P-54, recém instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, para a construção da P-61, que será destinada ao mesmo campo.
De acordo com o diretor da Área de Serviços da estatal, a possibilidade ainda tem que ser aprovada na diretoria. "Estamos apenas estudando esta alternativa", disse Duque.
Caso seja aprovada, a unidade teria que ser construída pelo estaleiro Jurong, em Cingapura, onde foi feita a P-54.
Esta não é a primeira vez que a Petrobras contrata a construção de uma plataforma sem licitação, ao clonar um projeto. Recentemente, a estatal copiou a plataforma P-51 para a P-56, permitindo a contratação do estaleiro Brasfels para a realização da obra.
Sendo um clone da P-54, o FPSO (unidade que produz e armazena petróleo) P-61 terá capacidade para produzir 180 mil barris por dia de óleo e comprimir 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.
