Petrobras estuda antecipar comercialidade de Tupi

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou hoje que a companhia estuda antecipar a declaração de comercialidade do bloco BM-S-11, na Bacia de Santos, onde está a descoberta de Tupi, para outubro. O prazo de exploração da concessão vence no final de dezembro, mas segundo Estrella, a companhia quer concluir os trabalhos mais cedo – a declaração de comercialidade é a etapa na qual o concessionário se compromete a realizar os investimentos em produção das reservas.

A empresa planeja um projeto-piloto de produção em Tupi, que só pode ser iniciado após a declaração de comercialidade, afirmou o executivo. A plataforma de produção do projeto-piloto, com capacidade para 100 mil barris por dia, chega ao Brasil em outubro. Questionado sobre uma possível relação entre a antecipação do projeto e o período eleitoral, Estrella disse que o início da produção em Tupi “é positivo para todo o País”.

De acordo com o executivo, a Petrobras não deve devolver à Agência Nacional do Petróleo (ANP) nenhuma extensão do BM-S-11 ao fim dos trabalhos, permanecendo com toda a área de concessão. Os contratos permitem a devolução caso não haja interesse em investir na produção. A Petrobras tem hoje quatro sondas de perfuração no BM-S-11, dentro do esforço para cumprir o plano de avaliação da área antes do fim do prazo.

Estrella informou que a companhia alterou seus planos e vai instalar em Tupi Nordeste a segunda plataforma encomendada para projetos-piloto no pré-sal da Bacia de Santos. “É um poço que vem respondendo muito bem”, comentou. A companhia espera ainda a chegada, em maio, da plataforma Dynamic Production para iniciar um teste de longa duração no projeto Guará, no bloco BM-S-9. Este poço também está na fila para receber um projeto-piloto de produção após os testes.

A companhia está avaliando ainda uma nova fronteira do pré-sal ao sul da Bacia de Santos, no bloco BM-S-12, que deve receber seu primeiro poço este ano. Localizada em frente à Santa Catarina, a concessão é dividida entre a Petrobras, com 70%, e a Queiroz Galvão, com 30%. Estrella disse que a estatal já perfurou um poço de pré-sal naquela região, mas o reservatório apresentou problemas.

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