A crise na Líbia fez o preço do petróleo novamente disparar, puxando para cima os papéis da Petrobras. A Bovespa, assim, fechou na contramão das bolsas externas, em elevação, ajudada ainda pelo desempenho das ações da Vale.
A Bolsa doméstica terminou a quarta-feira com alta de 0,71%, aos 66.910,48 pontos. Na mínima, registrou 66.049 pontos (-0,59%) e, na máxima, 67.266 pontos (+1,24%). No mês, o índice voltou a registrar ganho, de 0,51%, enquanto, no ano, tem perda de 3,45%. O giro financeiro totalizou R$ 9,375 bilhões.
O conflito entre manifestantes e governo na Líbia piorou nas últimas horas e o número de pessoas mortas continua subindo. Os portos estão fechados e parte da produção de petróleo, paralisada. Nesse contexto, o preço do contrato do petróleo com entrega em abril atingiu US$ 100 no intraday na Nymex, a primeira vez desde outubro de 2008, mas fechou abaixo disso, a US$ 98,10, com ganho de 2,81%. Em Londres, o Brent bateu a máxima de US$ 111,85 durante a sessão. O impacto sobre os ativos foi fuga do risco, com consequente queda das ações.
Em Nova York, o Dow Jones terminou em baixa de 0,88%, aos 12 105,78 pontos, o S&P perdeu 0,61%, aos 1.307,40 pontos, e o Nasdaq, 1,21%, aos 2.722,99 pontos. Na Europa, as principais bolsas recuaram pelo terceiro dia.
No Brasil, no entanto, a alta do petróleo fez as ações da Petrobras dispararem. O papel ON subiu 4,66% e o PN, 3,38%. Vale, outra blue chip, ajudou a sustentar o Ibovespa em alta, com os investidores comprando papéis na expectativa de um balanço robusto. Os números serão divulgados amanhã. Vale ON subiu 1,86% e PNA, 1,97%.
Câmbio
Na contramão da queda hoje no mercado internacional, o dólar subiu ante o real, pelo quarto dia consecutivo, reagindo aos três leilões de compra do Banco Central – dois a termo e um à vista – na primeira parte dos negócios e a outra operação à vista durante a tarde.
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,06%, para R$ 1,6730, resultado que elevou o ganho acumulado em quatro sessões para 0,66%. A cotação máxima intraday, registrada à tarde, foi de R$ 1,6760 e, a mínima, pela manhã, de R$ 1,6660 (-0,36%). No mês, contudo, a divisa contabiliza queda de 0,06% no balcão. Na BM&F, o dólar pronto encerrou em alta de 0,28%, a R$ 1,6743.
No mercado futuro às 16h48, o dólar março de 2011 estava em alta de 0,09%, cotado a R$ 1,6755, com um giro financeiro de US$ 14,829 bilhões – o total registrado na sessão de ontem com esse vencimento somou cerca de US$ 17,921 bilhões. Até esse horário, quatro vencimentos de dólar foram negociados, todos em alta, com um volume de US$ 15,453 bilhões.
Nos leilões a termo, o Banco Central comprou dólares para liquidação em 9 de março à taxa de R$ 1,6750 e, para liquidação em 16 de março, a R$ 1,6768.
Nas operações no mercado à vista, a autoridade monetária adquiriu moeda com taxas de corte de R$ 1,6720, pela manhã, e de R$ 1,6755 à tarde.
Em Nova York às 16h45, o euro subia a US$ 1,3739, de US$ 1,3650 ontem; a libra avançava para US$ 1,6197, de US$ 1,6132. O dólar caía para 0,9337 franco suíço, de 0,9387 franco no fim da tarde de ontem, e recuava a 82,48 ienes, de 82,80 ienes ontem.
Juros
Ao término da negociação normal da BM&F, o DI abril de 2011 subia para 11,57%, de 11,54% no ajuste, com volume de 139 050 contratos. O DI janeiro de 2012 marcava 12,47% (máxima), de 12,42% no ajuste, com giro de 178.145 contratos. O DI janeiro de 2013 (206.200 contratos) estava em 12,73%, de 12,69% ontem. O DI janeiro de 2017 (21.905 contratos) avançava de 12,38% para 12,42% (máxima), enquanto o DI janeiro de 2021 (12.265 contratos) marcava 12,35% (máxima), de 12,27% no ajuste.