A Petrobras se tornou a segunda companhia mais lucrativa das Américas, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (14) pela consultoria Economatica, com base em dados de 2010. Com lucro líquido de US$ 21,120 bilhões no ano passado, a estatal de petróleo ficou atrás apenas da norte-americana Exxon Mobil, cujo lucro alcançou US$ 30,460 bilhões no período.
Líder do ranking em 2009, após uma manobra contábil que alavancou o resultado anual, a General Motors (GM) caiu para a 33ª posição no ranking atual. Além da Petrobras, o estudo realizado com empresas de capital aberto da América Latina e dos Estados Unidos possui apenas mais uma empresa cuja sede não está em território norte-americano entre as 20 primeiras colocadas: a também brasileira Vale.
A mineradora, que em 2009 ocupava apenas a 27ª posição do ranking, encerrou o ano passado na sexta posição entre as empresas mais lucrativas, com resultado líquido de US$ 18,047 bilhões. Com o salto, a mineradora deixa para trás empresas do porte de JP Morgan Chase (sétima posição), Apple (oitava) e Walmart (nona), entre outras. O ranking das dez empresas mais lucrativas de 2010 é composto ainda por Microsoft (terceira), AT&T (quarta), Chevron Texaco (quinta) e IBM (décima).
A pesquisa considerou o resultado de 2.107 companhias de diversos setores. Na lista das 20 empresas mais lucrativas, os destaques são os setores de Eletroeletrônicos e Petróleo e Gás, com cinco e quatro indicações, respectivamente.
Rentabilidade
Além da lucratividade, a Economatica também analisou a rentabilidade das companhias. O indicador, medido pela rentabilidade sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês), colocou as empresas do setor de Eletroeletrônicos no topo da lista. A liderança ficou com a IBM, com ROE de 64,94%. Apple e Intel também se destacaram, aparecendo entre as seis primeiras do ranking.Na lista, destaque para a Vale, cujo ROE foi de 28,93% no ano passado. A mineradora, neste item, superou a Petrobras (ROE de 15,10%).
A Vale ocupou a quinta posição do ranking em 2010, enquanto a petrolífera brasileira ficou apenas com a 15ª posição. Novamente, as duas companhias nacionais foram as únicas empresas latinas entre as 20 maiores na área analisada.