O Ministério dos Hidrocarbonetos da Bolívia anunciou ontem que as petroleiras privadas que operam no país vão investir US$ 578 78 milhões este ano. Os recursos fazem parte dos programas de trabalho dos campos em operação atualmente no país e incluem gastos operacionais e administrativos. Segundo dados divulgados pela companhia, os investimentos novos somam US$ 254,05 milhões. Os números foram fechados em negociações entre companhias privadas e a estatal boliviana YPFB terminadas no últimos dia 20.
Do investimento total previsto, a Petrobras deve contribuir com pouco mais de US$ 117 milhões. Metade desse volume, porém, refere-se a gastos operacionais – os novos investimentos não chegam aos US$ 55 milhões, incluindo os compromissos assumidos pela Petrobras Bolívia e pela Petrobras Energía, subsidiária argentina da estatal brasileira. Somando as parcelas das duas subsidiárias, a Petrobras terá o segundo maior investimento este ano, atrás apenas da Chaco, controlada pela britânica BP.
Esta última se comprometeu com US$ 147,4 milhões, segundo dados do governo boliviano. Na avaliação de especialistas, foi a empresa que mais se beneficiou com as mudanças no modelo de contratação do gás pela YPFB, uma vez que os novos acordos de entrega destinam parte de sua produção às exportações para o Brasil, que pagam melhores preços do que o mercado interno.
