A Petrobras não tem previsão de quanto tempo deverá levar para restabelecer a totalidade de sua produção na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, que teve um incêndio em sua unidade de geração de energia na noite de domingo. A companhia, no entanto, descarta qualquer risco de desabastecimento. O óleo que deveria ter sido processado hoje está sendo estocado nos tanques de armazenagem da refinaria, que tem capacidade para suportar até 40 dias de paralisação.

continua após a publicidade

Para analistas do setor, além do risco de desabastecimento ser praticamente zero, a estatal também não deverá ser atingida financeiramente. Na pior das hipóteses, destacou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a estatal poderia importar gasolina. “Como a gasolina importada está mais barata do que no mercado doméstico, a Petrobras pode exportar o excedente de óleo que não for processado, importar gasolina e ainda sair lucrando”, comentou.

Em Candeias, na região metropolitana de Salvador, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje no final da manhã que a Reduc está “voltando lentamente à atividade”. Segundo ele, ainda não foi possível esclarecer as causas do acidente, mas a empresa não registrou feridos por causa do fogo. Gabrielli também assegurou que não há riscos de desabastecimento por

causa da paralisação temporária da produção na Reduc. “Não existe o menor problema nesse sentido”, garantiu. Gabrielli esteve em Candeias hoje para o início das obras de duplicação da usina de biodiesel.

continua após a publicidade