Felipe Rosa
Graça: custos.

A valorização do dólar frente ao real assusta quem quer viajar, mas também preocupa quem estava celebrando o movimento de queda nos preços dos combustíveis nas últimas quatro semanas. A cotação da moeda norte-americana tem papel fundamental nos custos da gasolina, mas a presidente Graça Foster, que esteve ontem em Araucária, garantiu que, por enquanto, a desvalorização cambial não deve forçar novo reajuste no derivado de petróleo.

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“Não está no radar da Petrobras o aumento do combustível, mas é claro que o dólar interfere nos custos”, admitiu. A presidente evitou vincular sobre qual cotação da moeda, que ontem fechou valendo R$ 2,12, o comportamento de recuo nos preços de combustível pode ser ameaçado. Pelo último levantamento do acompanhamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina em 95 postos da cidade ficou em R$ 2,70 – contra R$ 2,75 há 30 dias. O menor valor na última semana era R$ 2,54, mas nesta semana o Paraná Online já encontrou estabelecimentos vendendo combustível a R$ 2,49.

Já o valor médio do litro do etanol caiu de R$ 2,01 para R$ 1,93 e o valor mínimo praticado recuou de R$ 1,86 para R$ 1,69. O indicador da terceira quadrissemana de maio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Paranaense de Desenvolvimento econômico e Social (Ipardes), aponta queda de 0,67% no Grupo Transporte, fortemente influenciado pelo combustível.

Fertilizantes

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Graça Foster veio pela primeira vez ao Paraná para a posse do novo diretor industrial da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), Edmir Bitencourt de Souza, comprada da Vale. A compra da Fafen-PR é uma boa notícia para o agronegócio brasileiro na questão do custo com insumos. Com a aquisição, sobe para 35% a participação da Petrobras no mercado de ureia, reduzindo o déficit na balança comercial graças à redução na importação.