A Petrobras pagou cerca de R$ 35 bilhões antecipadamente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos últimos três anos. Assim, reduziu o compromisso com o banco público de R$ 58 bilhões no fim de 2015 para R$ 10 bilhões no fim do ano passado. Além do que foi antecipado desde 2015, a petroleira ainda pagou cerca de R$ 13 bilhões dentro do prazo de vencimento.
A expectativa, informou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa, é que novos pré-pagamentos aconteçam ao longo deste ano.
“Todos os pré-pagamentos seguiram a análise técnica e estratégica da companhia, com o intuito de reduzir o custo da carteira de dívida e considerando as análises das alternativas de pré-pagamento, além do atendimento de cláusulas contratuais referentes aos ativos que foram vendidos no âmbito da política de desinvestimento”, informou a Petrobras ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O compromisso neste ano é de R$ 1,6 bilhão. Mas, se a companhia levar adiante o projeto de reduzir o endividamento com os bancos públicos e antecipar pagamento para eles, o esperado é que o valor seja maior que este.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, informou nesta sexta-feira que pretende recorrer cada vez menos aos bancos públicos, BNDES e Banco do Brasil.
“Este ciclo em que a Petrobras se valia de empréstimos de bancos públicos, com juros diferenciados, com o objetivo de financiar seus projetos, acabou. Entendemos que grandes empresas que dispõem de fácil acesso aos mercados financeiros não precisam ser subsidiadas com recursos públicos que deveriam ser investidos em programas em prol da sociedade”, afirmou à imprensa.
No fim do ano passado, a dívida de todo grupo junto ao BNDES era de aproximadamente R$ 10 bilhões, sendo R$ 4,7 bilhões da Transpetro, R$ 3,1 bilhões da TAG e R$ 2,4 bilhões da Petrobras. Esse valor equivale a 3,2% do total da dívida da companhia.