A Petrobras assinou ontem no Palácio do Planalto quatro contratos para adquirir 65,3 milhões de litros de biodiesel. Ao todo, a estatal pagará R$ 50 milhões a quatro empresas que vão lhe fornecer o combustível ao longo desse ano. Esse biodiesel será misturado à parte do diesel comum comercializado pela empresa.
Com a compra, a Petrobras começa a se preparar para cumprir a lei federal que determina que, a partir de 2008, todo o diesel comercializado no País
terá de conter 2% de biodiesel. A partir de janeiro de 2013, o percentual exigido para a mistura subirá para 5%. O governo estima que isso significa que o país precisará produzir, em 2008 cerca de 800 milhões de litros anuais de biodiesel e 2,5 bilhões de litros por ano a partir de 2013.
Segundo informou hoje o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, durante a solenidade de assinatura dos contratos, o governo pretende promover mais dois leilões de biodiesel, em março e abril próximos. Nessas duas licitações serão ofertados, ao todo, mais 500 milhões de litros do combustível.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a mistura de biodiesel com o diesel tradicional não deverá afetar, ao menos por enquanto, o preço do diesel comercializado nas bombas dos postos de combustível.
O biodiesel, uma tecnologia brasileira, é um combustível produzido a partir de plantas oleaginosas, como a mamona, o dendê, o girassol ou a soja. Além de ser um programa energético do governo, o fomento ao biodiesel tem também como objetivo incentivar a produção rural em propriedades familiares.
As quatro empresas com as quais a Petrobras fechou contratos hoje (Agropalma, Granol, SoyMinas e Brasil Ecodiesel) detêm o selo "Combustível Social", o que significa que adquirem suas matérias-primas de agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).