economia

Petrobras aprova revisão da política de preços do botijão de gás

A diretoria da Petrobras definiu uma nova política de preço para o botijão de gás, o GLP envasado em recipiente de até 13 kg, um produto de forte apelo social. A partir de agora, os consumidores residenciais pagarão valores alinhados aos mercado externo, como já acontece com o GLP destinado à indústria e ao comércio. Houve ainda uma alteração no prazo de reajuste, que passou a ser indefinido.

Com isso, a empresa equipara a política para o botijão à adotada no comércio dos demais derivados de petróleo – de paridade internacional. Assim como faz com os demais produtos refinados, a Petrobras, ao definir o preço do botijão de gás, vai considerar também os custos do frete marítimo, despesas internas de transporte, e uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, como informou em comunicado divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Petrobras garante, no entanto, que, mesmo com essas mudanças, continuará atendendo resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que determina que os consumidores residenciais devem pagar menos pelo combustível. “Os preços do GLP industrial/comercial e do residencial envasado em botijões de até 13 kg (P13) passam a ter um alinhamento maior, embora mantido o atendimento à Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”, traz o comunicado.

A resolução do CNPE define valores diferenciados para o botijão porque afeta a parcela da população brasileira de menor poder aquisitivo.

Hoje, a tonelada do GLP de uso industrial custa nas refinarias da estatal R$ 1.953,10 e o de uso residencial, R$ 1.853,70. Esses valores representam uma redução média de 13,3% no preço do GLP industrial e de 8% no preço dos envasados até 13 kg. Novas revisões vão depender das condições do mercado e da avaliação dos cenários interno e externo.

“Com essas alterações fica extinto o mecanismo de compensação previsto na política divulgada em 18 de janeiro de 2018 para o preço do GLP envasado de até 13 kg que considerava a média móvel de cotações dos últimos 12 meses”, informou a Petrobras.

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