A Petrobras apresentou nesta segunda-feira (14) uma contraproposta para as reivindicações dos trabalhadores. Diante do novo posicionamento da empresa, os petroleiros decidiram adiar a greve, que estava marcada para começar nesta quarta-feira (16), até que a categoria possa avaliar a oferta.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), Silvanei Bernardi, o indicativo do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) é pela rejeição da nova proposta, mas a decisão final ainda deverá ser tomada em assembleia pelos trabalhadores nesta semana.
O Conselho da FUP considerou que a proposta da empresa não avançou significativamente nas questões de segurança e deixou de atender reivindicações importantes como a participação plena dos sindicatos nas reuniões das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) e em comissões formadas para apurar acidentes de trabalho.
Segundo a Federação, a empresa também não acatou demandas relacionadas ao pagamento das horas extras dos feriados trabalhados em regimes especiais. A FUP afirmou ainda que convocou os trabalhadores a intensificarem as paralisações surpresa e operação padrão, como forma de pressionar a empresa por avanços na segurança do trabalho.
Campanha salarial
A última proposta encaminhada à FUP pela Petrobras previa o reajuste de 10,71% da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), que corresponde ao ganho real de até 3,25%, abono de 100% de remuneração bruta ou o piso de R$ 6 mil. Embora, na avaliação da direção do Sindipetro, a proposta em relação às questões econômicas esteja próxima à reivindicação dos trabalhadores, a categoria deverá continuar mobilizada enquanto não forem atendidas as reivindicações relacionadas à segurança.
A Federação e os representantes dos sindicatos marcaram nova reunião para o dia 22 de novembro, quando irão decidir se aceitam a proposta da empresa ou agendam nova data para o início da greve por tempo indeterminado.
