O governo federal busca uma solução de curto prazo para as pequenas refinarias de petróleo que atuam no mercado brasileiro. A informação foi divulgada pelo ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), que recebeu representantes da Repsol, dona de refinaria de Manguinhos (RJ).
Segundo o ministro, entre as propostas em análise pela área jurídica do governo estão o arrendamento (concessão por meio de pagamento de aluguel) da refinaria de Manguinhos pela Petrobras, o aproveitamento da estrutura de exportação da estatal pelas pequenas refinarias e até mesmo o uso da Cide (um tributo sobre combustíveis) para compensar a defasagem dos preços internos em relação ao mercado internacional.
A alta do petróleo no mercado internacional, que tem sido vendido por cerca de US$ 60 o barril, levou as refinarias pequenas a uma situação ?de dificuldade?, segundo o ministro.
Ao contrário da Petrobras, que produz a maioria do petróleo usado na fabricação de seus combustíveis, as refinarias pequenas são obrigadas a comprar a commodity a preços de mercado e vender gasolina e outras derivados com base nos preços da Petrobras, que estão defasados em relação ao barril de US$ 60.
Segundo o ministro, os representantes da Repsol compreendem que não é o momento mais adequado para aumentar o preço dos derivados de petróleo, mas esperam um apoio do governo às refinarias pequenas.
Representantes de trabalhadores da refinaria de Manguinhos também procuraram o governo para evitar a demissão dos 500 funcionários da unidade.
Segundo o diretor do Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista), Roberto Odilon Horta, a refinaria só tem petróleo para operar nesta semana. Segundo acordo da empresa com o sindicato, os empregos estariam garantidos somente até 19 de agosto.