A Petrobras vai fechar o ano com exportações de álcool "bem abaixo" da meta de 850 milhões de litros prevista inicialmente, admitiu hoje o diretor de Abastecimento e Refino, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, problemas técnicos impediram as exportações de álcool que estavam sendo negociadas com a Nigéria e a Venezuela, no volume de 20 milhões de litros para cada um dos países.
No caso da Venezuela, a estatal havia anunciado em maio que estava fechando um contrato mensal para a exportação desse mesmo volume até o fim de 2007. No ano passado, a Petrobras exportou 120 milhões de litros de álcool para a Venezuela. "Foram questões técnicas, acertos que ainda estão faltando", disse Costa, sem especificar o motivo da suspensão do embarque.
Já sobre a Nigéria, Costa disse que houve uma falha na especificação do duto que transportaria o álcool dentro da Nigéria, que impediria o primeiro embarque ao país. A intenção da Petrobras também era de desenvolver com a Nigéria um contrato para embarque mensal do combustível.
Segundo o diretor, a Petrobras direcionou o álcool para os Estados Unidos. "A Petrobras tem um sistema de tancagem no Caribe, para onde destina o seu álcool, antes de ele encontrar mercado nos Estados Unidos", disse. Costa não soube quantificar qual seria o volume total a ser exportado pelo Brasil este ano. A Petrobras já havia enviado no primeiro semestre uma carga de 12 milhões de litros aos Estados Unidos e outra a título de testes – não especificada a quantia pelo diretor – para o Japão.
Usinas
O diretor ainda confirmou hoje que estão para ser aprovados os investimentos da Petrobras em cinco usinas de produção de álcool sendo duas em Goiás e três no Mato Grosso do Sul, no volume de 200 milhões de litros cada uma, com investimentos de R$ 150 milhões por unidade.
"Será um total de um bilhão de litros a ser exportado principalmente para o Japão já a partir de 2009", disse o diretor. Segundo ele, a Petrobras vai participar do investimento juntamente com a japonesa Mitsui. As empresas juntas terão uma fatia máxima de 30% do capital acionário de cada uma das usinas.