Petrobras admite novos aumentos do gás

O novo Plano de Negócios 2006-2010 aprovado pela Petrobras prevê um aumento de 150% nos investimentos na área de gás e energia. A estatal, no entanto, informou que pretende priorizar as empresas termelétricas e que pode lançar mão de medidas restritivas, como aumento de preços, para conter o consumo de gás no País.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a demanda não pode continuar crescendo na faixa de dois dígitos em razão da oferta limitada do produto. ?Não podemos, temos anunciado isso de forma clara, dadas as condições da oferta brasileira, ter um mercado de demanda de gás não térmico crescendo a 20% ao ano, incluindo carros, indústria, usos que têm alternativas de abastecimento?, disse.

Na última sexta-feira, a Petrobras elevou os preços do gás produzido no Brasil e na Bolívia com reajustes que chegam até a 24%. Segundo Gabrielli, o aumento refletiu mudanças na Bolívia, que elevou os impostos sobre a produção. Ele reconheceu que a medida pode ter impacto sobre o consumo e afirmou que a empresa pode voltar a elevar preços para conter a demanda. ?Se isso vai refletir na redução da demanda é conseqüência natural.?

Na avaliação do diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires, 2006 deverá ser um ano de novos aumentos no gás. ?O petróleo deve continuar alto em 2006 e com isso teremos novos aumentos?, disse.

O plano anterior previa investimentos da ordem de US$ 2,6 bilhões em gás. Após a revisão, a perspectiva é de que sejam aplicados US$ 6,5 bilhões até 2010 para atender a demanda no País.

Térmicas

A Petrobras revisou também o consumo das térmicas de 36,7 milhões de metros cúbicos por dia para 46,4 milhões de metros cúbicos diários. A estatal estima a demanda total em 99,3 milhões de metros cúbicos em 2010. Em 2004 a demanda ficou em 37,9 milhões de metros cúbicos.

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