As férias escolares mal começaram, mas muitos pais já se preocupam com a aquisição de materiais para o próximo ano letivo. Porém, na hora de sair às compras, é preciso ter muita paciência para pesquisar. O Procon-PR alerta que os preços dos produtos podem variar até 300% de uma livraria ou papelaria para outra.

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Ontem, O Estado foi até algumas lojas de Curitiba e comparou os valores de alguns artigos. As diferenças demonstram que vale mesmo a pena visitar vários estabelecimento.

Cadernos de capa dura, com duzentas folhas e para dez matérias, foram encontrados por preços que variam de R$ 5,90 a R$ 19,40. Uma caixa com doze lápis de cor, de uma mesma marca, foi encontrada com valores de R$ 8,90 a R$ 18,80.

Tesoura simples, sem ponta, de R$ 1,40 a R$ 4,10. Borracha, de R$ 0,25 a R$ 0,99 a unidade. Um tubo de cola branca de 35 gramas, de uma determinada marca, R$ 1,10. De outra marca, um tubo de 40 gramas foi encontrado por R$ 0,50.

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“Tenho duas sobrinhas que necessitam de material escolar. Por isso, cada centavo economizado faz diferença no preço final dos produtos. Na lista delas, são solicitadas, por exemplo, três caixas de lápis de cor, o que faz com que tenham que ser adquiridas seis. Em uma loja, encontrei o produto por R$ 15,90. Em outra, por R$ 21,90”, contou a profissional Tatiane Surek, que ontem comprava em lojas da região central.

Segundo a advogada do Procon-PR, Marta Favreto Pain, diante da alta oscilação de preços, é recomendado que os pais façam comparações de valores em pelo menos três estabelecimentos diferentes.

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Outras dicas são comprar produtos de qualidade, evitando gastos futuros; não adquirir produtos licenciados, que podem custar até o dobro dos comuns; comprar no atacado, para conseguir descontos; e não levar os filhos junto às compras, evitando que eles optem por produtos da moda.

“No início do ano letivo, os pais também não são obrigados a comprar a totalidade dos produtos exigidos nas listas de materiais fornecidas pelas escolas. Se, por exemplo, a instituição pede quinhentas folhas de papel, os pais podem entregar uma parte no início do ano e, mais tarde, fazer a complementação”, comenta Marta. “A lista de materiais também deve conter apenas produtos que dizem respeito ao ensino. Os pais não têm obrigação de comprar artigos como sabonetes e papel higiênico”.