economia

Pesquisas devem conter euforia dos mercados, diz economista

As pesquisas de intenção de voto divulgadas na noite desta segunda-feira, 10, por Datafolha e Ibope devem dar uma “segurada” na euforia demonstrada pelos mercados depois do ataque sofrido pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), disse ao Broadcast o economista Julio Cesar Barros, da Mongeral Aegon.

Na pesquisa do Datafolha, que teve abrangência nacional, Bolsonaro apenas oscilou dentro da margem de erro, de 22% para 24%, mas teve sua taxa de rejeição elevada de 39% para 43%, acima da margem de erro. No levantamento do Ibope, restrito ao Estado de São Paulo, as intenções de voto em Bolsonaro também oscilaram dentro da margem, de 22% para 23%.

Os resultados vão na contramão da expectativa de agentes do mercado de que o candidato se beneficiaria politicamente do ataque, diminuindo a chance de vitória de um candidato de esquerda.

“Aquela euforia vista na quinta-feira, em função do ataque, com a Bolsa fechando em alta e o câmbio apreciando, deve ter uma segurada, com os mercados provavelmente andando de lado”, disse o economista.

De qualquer forma, Barros considera que é cedo para tirar conclusões. Será preciso esperar as próximas pesquisas para ter mais clareza sobre os reais efeitos do ataque sofrido por Bolsonaro. Assim, será possível diferenciar se os movimentos observados na pesquisa de hoje são pontuais ou se representam uma tendência.

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