Pesquisa realizada pela instituição alemã Bertelsmann Stiftung (Fundação Bertelsmann), que analisou a economia e a política de 125 países, revelou que o Brasil é tido pela comunidade internacional como parceiro "fidedigno e confiável". De acordo com o estudo, o País ocupa a 15ª colocação em termos mundiais quando o assunto é o desempenho do sistema político. Já em relação aos avanços da Democracia, o Brasil alcança o 20º lugar e, na América Latina, fica atrás apenas do Chile, da Costa Rica e do Uruguai.
A pesquisa considerou "relativamente forte" a estabilidade das instituições políticas e ponderou positivamente a estabilidade dos preços, as regulamentações em relação aos mercados e à concorrência e o respeito à propriedade privada. A "participação intensa" dos representantes da sociedade civil na formulação política também foi salientada pelo estudo.
Sobre o desempenho político, a pesquisa considerou positivo o aspecto profissional da cooperação internacional do governo, a criação de um consenso nacional quanto aos objetivos das reformas e a formação inequívoca dos objetivos políticos.
"O Brasil é um dos poucos países na América Latina que é capaz de fazer bom uso das oportunidades que se oferecem em termos de relações internacionais de comércio", destacou o documento. Entretanto, a pesquisa pondera para que o governo "cuide" dos déficits, para que a economia possa ser ainda mais competitiva e para poder reagir contra tensões sociais.
De acordo com Josef Janning, da equipe Bertelsmann Stiftung, o Brasil tem um desenvolvimento muito positivo, mas é preciso priorizar as desigualdade sociais. "Para continuar neste caminho de evolução, a prioridade do governo tem de ser preparar o caminho para uma política econômica mais justa e mais centrada em aspectos sociais, evitando o avanço da polarização entre brasileiros ricos e pobres", afirmou.