Rio de Janeiro – A produção industrial caiu em sete das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro de 2007. Segundo a Pesquisa da Produção Industrial Regional, divulgada nesta quinta-feira (10) no Rio, na comparação com outubro, a queda mais acentuada ocorreu no Paraná (-9,1%), que havia avançado 14,1% no mês anterior.
A média nacional, já divulgada pelo IBGE, tinha indicado recuo de 1,8% na produção industrial de novembro em comparação com o mês anterior. Em duas regiões, a queda ficou acima da média: Amazonas (-2,6%) e Rio de Janeiro (-2,5%). Já São Paulo mostrou taxa próxima da média (-1,6%).
Também tiveram queda na produção Santa Catarina (-1%), Ceará (-0,8%) e Pará (-0,7%). Por outro lado, registraram expansão os estados do: Espírito Santo (2,6%); Minas Gerais (1,3%); Bahia (0,9%); Goiás (0,8%); Rio Grande do Sul (0,6%) e Pernambuco (0,6%). A Região Nordeste (0%) se manteve estável frente ao patamar de outubro.
Segundo a economista Denise Cordovil, da Coordenação de Indústria do IBGE, o recuo observado em novembro não indica desaceleração na indústria. Ela disse que outubro foi um mês com uma "base alta de comparação, já que as indústrias estavam muito aquecidas para atender as encomendas de fim de ano". A economista disse ainda que "é preciso levar em consideração que outubro teve dois dias a mais trabalhados que novembro".
Na comparação entre novembro de 2007 e o mesmo período de 2006, os índices regionais apresentaram "perfil generalizado de crescimento", que atingiu quase todos os locais, exceto o Pará (-2%).
A pesquisa também mostra que, no indicador acumulado entre janeiro e novembro de 2007, houve aumento de produção em todos os locais pesquisados, liderado por Minas Gerais (8,8%) e seguido pelo Rio Grande do Sul (8%); Paraná (7,1%); Espírito Santo (6,7%) e São Paulo (6,1%), todos com taxas acima da média nacional, que foi de 6%.
Denise Cordovil informou ainda que o crescimento da indústria ao longo de 2007 foi puxado principalmente pelos segmentos produtores de bens de capital, associados a setores agrícolas, de informática e transportes, junto com os bens de consumo duráveis, principalmente automóveis, e produtos voltados para a exportação, com ênfase em commodities como minério de ferro, açúcar, carnes de aves.