O indicador de intenção de financiamento dos paulistanos, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), subiu de 10,5% dos entrevistados para 11,2% entre junho e julho, segundo a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), divulgada nesta quinta-feira, 1. Apesar da alta de 0,7 ponto porcentual, a parcela dos paulistanos que não pretendem contrair crédito nos próximos três meses chegou a 87,4% em julho após ter atingido 88,3% em junho.

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Segundo a FecomercioSP, “neste momento o risco de crédito está em elevação, principalmente devido ao crescimento do endividamento, concomitantemente à queda de cobertura via poupança”. De acordo com a FecomercioSP, a categoria que apresenta maiores riscos é a de endividados sem aplicação, pois não há sequer retenção de recursos para eventualidades.

De acordo com a pesquisa, em julho, 56,9% dos paulistanos disseram estar endividados, 3,6 pontos porcentuais a mais do que o contabilizado em junho. Do total pesquisado, 18% afirmaram ter dívida, mas possuir aplicação e 38,1% disseram ter dívidas, mas não ter recursos aplicados. Há ainda 20,4% que não têm dívidas, mas possuem dinheiro aplicado e 22,3% que não têm nem dívidas, nem aplicação.

Poupança (73,9%) e renda fixa (16,3%) continuam sendo as aplicações preferidas dos paulistanos, somando 90,2% do total. Muito distantes estão as carteiras de previdência privada (4,6%), ações (1,5%) e outras (3,6%).

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A FecomercioSP destaca também que a geração de emprego e da massa real de salários pode apresentar uma queda, “indicando diminuição das condições do mercado de crédito por contágio do acirramento do mercado de trabalho e pelo risco do aumento da inflação”, diz, em nota. A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento é elaborada por meio de 2.200 entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.