A Grande Curitiba fechou o mês de agosto com deflação de 0,22%. Foi a menor taxa registrada entre as onze regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em nível nacional, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de 0,53% em julho para 0,28% em agosto. Com isso, a inflação acumulada no ano é de 4,48% e, nos últimos 12 meses, de 6,17%. Na Grande Curitiba, a inflação no ano é um pouco menor, de 4,39%. O IPCA serve como meta de inflação pelo governo.

Em Curitiba e região metropolitana, a queda de preços – de 0,72% em julho para -0,22% em agosto – foi puxada sobretudo pelos combustíveis, que, segundo o IBGE, ficaram 4,75% mais baratos. A principal influência veio da gasolina, com queda de 4,72%, seguida pelo álcool (-5,81%).

O grupo alimentos e bebidas também registrou queda, de 0,24%, puxada principalmente pelos tubérculos, raízes e legumes (-8,19%), cereais, leguminosas e oleaginosas (-5,57%), hortaliças e verduras (-4,83%) e leites e derivados (-3,61%).

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Por outro lado, tiveram alta nos preços a habitação (0,58%), despesas pessoais (0,51%), educação (0,18%), saúde e cuidados pessoais (0,02%), artigos de residência (0,01%).

País

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Em nível nacional, o grande destaque ficou por conta dos alimentos, que registraram em agosto a primeira deflação mensal desde julho de 2006, quando caíram 0,61%. Em agosto, a queda foi de 0,18%.

De acordo com a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, a maioria dos alimentos mostrou redução nos preços de julho para agosto, com destaque para o tomate (de 10,59% em julho para -36,91% em agosto), a batata inglesa (de -6,4% para -6,55%) e o feijão mulatinho (de -2,12% para -6,46%). Além disso, mesmo os produtos com alta nos preços desaceleram os reajustes, como a carne, cuja alta passou de 4,35% em julho para 0,56% em agosto.

Eulina destacou, entretanto, que apesar das deflações em agosto, a maior parte dos produtos alimentícios continua apresentando variações positivas muito elevadas no acumulado do ano até agosto.

Com isso, segundo Eulina, “não dá para garantir” que os alimentos não possam vir a ter os preços pressionados novamente. Ela lembrou que mesmo com a deflação registrada em agosto, os produtos alimentícios acumulam alta de 9,58% no ano e de 13,54% em 12 meses até o mês passado.

Os produtos não alimentícios, com alta de 0,42% em agosto, contribuíram com 0,32 ponto porcentual para o IPCA do mês passado, de 0,28%, enquanto os alimentos, que registraram deflação de 0,18% deram contribuição negativa de -0,04 ponto para o índice mensal.

Eulina Santos observou que a alta do grupo de não alimentícios reflete uma concentração de reajustes de preços administrados ou controlados em agosto. A liderança de aumento ficou com o telefone fixo (2,27%). Houve aumentos importantes também na energia elétrica (1,03%) e tarifas de água e esgoto (1,57%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes salariais, também desacelerou, passando de 0,58% em julho para 0,21% em agosto. Com isso, o INPC acumula no ano alta de 5,09% e, nos últimos 12 meses, variação de 7,15%.

Na Grande Curitiba, também houve queda, de 0,78% em julho para -0,10% em agosto. No ano, o INPC acumula alta de 5,15%. O INPC da Grande Curitiba em agosto foi o segundo menor do País; o menor foi em Salvador (-0,14%).