O ambiente econômico continua favorável aos negócios na América Latina. É o que mostra a segunda edição da Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (IFO) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo as duas instituições, o Índice de Clima Econômico (ICE) alcançou 5,9 pontos em julho de 2007, superando em 0,1 ponto o resultado de abril e atingindo o maior nível desde abril de 2001 (6,0 pontos).
O ICE é construído como uma combinação de dois índices que medem a situação econômica atual e as expectativas para os próximos seis meses. "O Índice da Situação Atual (ISA) avançou de 6,1 pontos para 6,4 pontos, alcançando o maior nível da série histórica iniciada em 1990. O Índice de Expectativas (IE) passou de 5,5 para 5,4 pontos", informaram as instituições, em comunicado.
Ainda de acordo com elas, o ICE e o ISA mantiveram-se acima de suas expectativas médias históricas recentes. Em julho, o ICE superou em 0,7 ponto a média dos últimos 10 anos; o ISA, 1,7 ponto acima da média histórica de 4,7 pontos. Já o índice de Expectativas, que desde janeiro de 2005 vem se mantendo inferior ao ISA, ficou 0,2 ponto abaixo de sua média histórica. "Entre julho de 2005 e julho de 2006, o ICE esteve em fase ascendente mas, a partir de outubro do ano passado, a tendência declinante passou a sugerir expectativa de piora do desempenho futuro da região", esclareceram as instituições, em nota.
As instituições informam que a Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia – simultaneamente – em todos os países da região. Em julho de 2007, foram consultados 122 especialistas em 15 países.