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Perspectiva de queda de Selic segura Bolsa no positivo, mas mercado externo pesa

Em claro sinal de descolamento do mercado acionário no exterior, o Ibovespa abriu em alta e assim se manteve nesta primeira etapa do pregão. Operadores aliam o bom humor na Bolsa com a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária (Copom) passe a indicar a possibilidade de redução do juro básico, atualmente em 6,5% ao ano.

“Nos últimos anos, as bolsas no exterior subiram demais enquanto nós ficamos parados. Agora, quando há uma mínima perspectiva de melhora doméstica, é natural que, por aqui, o Ibovespa ande um pouco mais”, afirma Luiz Mariano de Rosa, da Improve Investimentos, ressaltando que, dias após a divulgação de retração do Produto Interno Bruto (PIB), o mercado já espera uma sinalização de afrouxamento da política monetária e a queda dos juros da renda fixa atrai mais os investidores para a Bolsa.

Mais cedo, pesquisa Focus do Banco Central mostrou que a expectativa de alta para o PIB em 2019 recuou pela 14ª semana consecutiva, passando de 1,23% para 1,13%. Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,49%.

A semana começa com declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o governo não tem uma agenda ampla para o País e que a reforma da Previdência não é plano, mas, sim, uma necessidade.

Segundo Maia, as novas regras das aposentadorias serão aprovadas, mas não serão suficientes para acabar com a crise econômica. Por esse motivo, outras reformas devem seguir, como a tributária, cujo projeto apresentado pelo legislativo já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Além dessa perspectiva, o Ibovespa também sofre influência positiva da alta do petróleo no mercado internacional, por meio de ganho das ações da Petrobras ordinárias e preferenciais de 3,22% e 2,66%, respectivamente às 10h58.

Os papéis da companhia também eram influenciados por notícias corporativas da venda de refinarias. No mesmo horário, Ibovespa subia 0,09%, aos 97.118,64 pontos.

Esse arrefecimento veio logo após os principais indicadores acionários americanos renovarem sucessivas mínimas após a IHS Markit informar que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos Estados Unidos caiu ao menor nível desde 2009, ao ceder de 52,6 pontos em abril para 50,5 pontos mês passado.

Além disso, ainda paira o fantasma da guerra comercial. Mais cedo, o subsecretário de Relações Exteriores do México para a América do Norte, Jesús Seade, afirmou que as tarifas com que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou as importações do país vizinho são “uma enorme pedra no caminho” do processo de ratificação do acordo comercial Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês) pelos órgãos Legislativos das três nações.

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