O caos aéreo que o País viveu no ano passado levou a uma queda de R$ 730 milhões no lucro das empresas TAM e Gol. Em 2007, de acordo com as regras de contabilidade americana, as duas empresas registraram um lucro líquido de R$ 571,1 milhões, queda de 56% em relação a 2006, quando exibiram um lucro recorde de R$ 1,3 bilhão. A TAM, que divulgou ontem seu resultado, terminou o ano com um lucro de R$ 468,6 milhões, queda de 42,1%. Pela contabilidade brasileira, o lucro foi ainda menor: R$ 128,8 milhões, queda de 78,9% ante 2006.
O lucro da Gol, divulgado em fevereiro, foi de R$ 102,5 milhões (contabilidade americana), uma queda de 82%. No caso da Gol, além das restrições operacionais em Congonhas, implementadas após o acidente com o Airbus da TAM, e que afetaram toda a indústria, a lucratividade foi ainda mais afetada pela aquisição da Varig.
A receita bruta da TAM aumentou 10% em 2007, para R$ 8,5 bilhões. Para 2008, a empresa prevê um aumento na participação das rotas internacionais na receita total. O mercado internacional deverá representar 50% das receitas em 2008, ante parcela de 31% em 2007. Para o presidente da TAM, David Barioni Neto, o aumento das receitas com as rotas internacionais é fundamental para elevar a rentabilidade neste e nos próximos anos. ?As rotas internacionais ajudam a elevar a fidelidade do passageiro no mercado doméstico, além de representar maior disponibilidade para carga nos porões.?
