A percepção dos empresários da Região Metropolitana de São Paulo em relação aos estoques teve uma leve melhora em outubro, mostra pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Estoques (IE), calculado pela entidade, atingiu 91,9 pontos, alta de 1% ante o resultado de setembro (91 pontos) e recuo de 16,1% em relação a outubro do ano passado (109,5 pontos).

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O movimento foi puxado pelo aumento do porcentual de comerciantes que consideram o volume de mercadorias estocadas como adequado, de 45,3% em setembro para 45,8% em outubro. Por sua vez, 37,8% dos empresários ouvidos pela FecomercioSP consideraram seus estoques acima do adequado. Em setembro, essa percepção abrangia 38,7% dos entrevistados.

Para Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, o dado é reflexo de um ajuste comum nesta época do ano. “Apesar de o Natal provavelmente ser pior do que o do ano passado, o momento é propício para adequação dos estoques”, disse.

Apesar da alta, Pina recomenda cautela em relação à análise do IE de outubro, uma vez que o dado representa o segundo pior resultado da série histórica, iniciada em 2011.

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“É claro que precisamos de mais evidências, mas o dado de outubro talvez marque um ponto de fundo de poço. Ainda assim, é difícil imaginar quando o consumidor vai recuperar sua confiança”, afirmou. “Não esperamos uma recuperação do consumo e do emprego este ano e, muito provavelmente, nem na primeira metade de 2016.”

A pesquisa também mostra um leve aumento do porcentual de empresários com estoque abaixo do adequado, de 14,8% em agosto, 15,6% em setembro e 16% em outubro. “Essa oscilação ocorre por causa da redução de sortimento de produtos, especialmente nos setores de supermercados e vestuário”, afirmou Pina.

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Metodologia

O IE é apurado mensalmente pela FecomercioSP por meio da entrevista com cerca de 600 empresários do comércio e varia de 0 (inadequação total) a 200 pontos (adequação total), sendo a marca dos 100 pontos o limite entre inadequação e adequação. Pela análise dos números, é possível identificar se os empresários estão com sensação de estoques “acima”, ou seja, com excesso de mercadorias, ou “abaixo”, isto é, com falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo.