De forma inédita, a projeção para o IPCA deste ano bate a marca de dois dígitos entre os analistas mais pessimistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central no Relatório Focus. De acordo com a série de expectativas de mercado, a estimativa máxima para este indicador em 2015 saltou de 9,84% na semana passada para 10,02% agora.
O mercado financeiro reduziu sua projeção para o IPCA de 2017. De acordo com a série de expectativas de mercado, a mediana das previsões para a inflação de 2017 cedeu de 4,62% na semana passada para 4,55% agora.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a taxa de 4,50% como o alvo a ser perseguido pelo Banco Central daqui a dois anos, mas reduziu a banda de tolerância de 2 pontos porcentuais (pp) para 1,5 pp.
Para 2018 e 2019, as previsões seguem imóveis na marca de 4,50%. Este também é o porcentual encontrado para o período de 2017 a 2019 no Top 5 de médio prazo, grupo das instituições que mais acertam as projeções para o índice oficial de inflação do País.
Dólar em alta
Além de terem levado a previsão para a inflação deste ano para a casa de dois dígitos de forma inédita, os analistas mais pessimistas do setor privado também aumentaram sua expectativa para a taxa de câmbio ao final deste ano, que, pela primeira vez, encostou em R$ 4,00.
Até a semana passada, a projeção mais salgada para o dólar estava em R$ 3,90. Na pesquisa geral, as estimativas para o indicador também se deterioraram, mas com menor força: esta semana, a mediana das projeções passou de R$ 3,40 para R$ 3,48, no caso de 2015, e de R$ 3,50 para R$ 3,60, para 2016.
Para este mesmo grupo de profissionais mais pessimistas, o dólar permanecerá acima de R$ 4,00 nos próximos anos. Para 2016 e 2017, a maior projeção encontrada na série de expectativas de mercado, está em R$ 4,10. Para 2018, a estimativa mais alta do grupo aponta para um câmbio de R$ 4,20 e, para o ano seguinte, de R$ 4,76.P