Prometido para meados deste mês, o pedido de salvaguarda para o setor de confecções deve chegar ao governo apenas na primeira semana de abril. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, à Agência Estado.

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Sofrendo com o crescimento das importações de produtos estrangeiros, o setor prepara uma petição, que deve ser protocolada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O pedido de salvaguarda será para todos os produtos de confecção importados, independentemente do país de origem, mas o presidente da Abit disse que 99,99% dos problemas do setor de confecções são a China. “Não é apenas a indústria brasileira que sofre com os produtos chineses. O que eles fazem é um ataque predatório”, comentou.

A demora na entrega da petição ao governo se dá, de acordo com Diniz Filho, porque o documento precisa apresentar a maior quantidade de números e informações sobre o setor e a competição internacional, que, segundo ele, é predatória. Até porque, se receber o aval do governo, o pedido seguirá para a Organização Mundial de Comércio (OMC). “Vamos fazer o documento o mais robusto possível, e isso leva tempo”, explicou.

O presidente da Abit esteve em Brasília hoje para participar da audiência pública que debateu a Resolução 72, que pretende acabar com a “guerra dos portos”. A resolução busca a unificação da alíquota de ICMS interestadual cobrada nos produtos importados. “Temos que votar a medida. Se não houver apoio, vamos apoiar a indústria da China”, disse.

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