PDVSA afirma ter entregue garantias para refinaria no NE

Em nota divulgada às 17h30 de hoje, a companhia de petróleo PDVSA, da Venezuela, anunciou ter entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) as garantias exigidas para que, em sociedade com a Petrobrás, atue na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Embora tenha acertado em 2008 a parceria com a companhia de petróleo brasileira, a PDVSA ainda não investiu nenhuma quantia no negócio.

Pelo acordo, a Petrobras bancaria 60% da obra, cuja previsão de entrada em funcionamento é no primeiro semestre de 2013, com produção inicial de 65 mil barris diários. A empresa da Venezuela ficaria com o restante.

Na nota, a PDVSA informa que “encaminhou ontem, quinta-feira, no final da tarde, ao BNDES, um protocolo com as garantias bancárias necessárias para assumir formalmente os 40% do empréstimo de R$ 10 bilhões que a Petrobras tomou no banco para a construção da Refinaria Abreu e Lima, que está sendo erguida em Pernambuco”.

O comunicado oficial da empresa não divulga quais foram as garantias apresentadas ao banco de fomento nacional. Nas últimas semanas, a PDVSA vinha negociando com bancos brasileiros – entre eles Banco do Brasil, Bradesco e Banco do Estado do Espírito Santo – a fim de obter apoio financeiro para participar do empreendimento.

De acordo com a nota da empresa venezuelana, “com essa providência (a apresentação das garantias), a PDVSA demonstrou seu interesse na parceria com a Petrobrás no sentido de viabilizar a construção da refinaria no Nordeste”.

Até o início da noite, o BNDES não confirmara a entrega das garantias pela petroleira da Venezuela. Caberá ao banco de fomento nacional avaliar se as garantias são suficientes para que a PDVSA ingresse na sociedade.

De acordo com a Petrobras, não basta à PDVSA garantir os 40% do empréstimo contraído ao BNDES. A empresa brasileira informa que a companhia venezuelana terá também de depositar, até o fim de novembro, quantia equivalente a 40% do que já foi gasto na construção da refinaria, orçada em R$ 26 bilhões. A PDVSA não se pronunciou sobre essa segunda exigência, anunciada no mês passado pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e reafirmada em nota oficial da estatal divulgada no dia 13.

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