O Bradesco estima que o programa de desligamento voluntário (PDV), que termina nesta quinta-feira, 31, tenha um custo total de R$ 1,572 bilhão, considerando um total de 2.947 adesões registradas até a quarta-feira, um dia antes do fim do prazo. A iniciativa, anunciada no término de agosto, é a segunda nesta linha na história do banco e visa a adequar o quadro ao avanço da tecnologia, que, se de um lado permite uma maior produtividade, do outro, diminui a exigência de pessoal.
Do total de gasto estimado com o PDV, R$ 454,709 milhões serão este ano, conforme o Bradesco, o que joga pressão nas despesas operacionais do banco embora resultem em economia futura. No terceiro trimestre, o banco já computou R$ 273 milhões dessa cifra.
“Cabe destacar que, os desligamentos estão ocorrendo de forma programada, compreendendo em alguns casos um período de até seis meses a partir da data de adesão”, ressalta o Bradesco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre.
Ao fim de setembro, o Bradesco contava com 99.272 funcionários, aumento de 74 pessoas ante junho. Com o PDV, o contingente do banco deve se reduzir para pouco mais de 96 mil colaboradores, o menor quadro do banco desde 2014, antes da aquisição do HSBC no Brasil.
A compra do banco inglês foi, inclusive, o que motivou o Bradesco a fazer o primeiro PDV de sua histórica. Na ocasião, a instituição desligou cerca de 7,5 mil colaboradores e os custos ultrapassaram a casa dos R$ 2 bilhões.
Outros bancos
Além do Bradesco, o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco também adotaram estratégias para enxugarem seus quadros recentemente.
Enquanto o BB desligou 2,3 mil funcionários, o Itaú estimava um número de 6,9 mil pessoas com potencial de adesão, mas os números efetivos do PDV ainda não foram anunciados.