Mão-de-obra local e não qualificada: dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. |
Os programas de pavimentação poliédrica e adequação de estradas rurais -Caminhos da Roça e Paraná 12 Meses -, desenvolvidos pela Secretaria dos Transportes e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), já estão entre os maiores geradores de empregos no Estado. Iniciando nova etapa de implantação, já está sendo contabilizada a criação de cerca de 10.500 empregos diretos nas frentes de trabalho.
O secretário Waldyr Pugliesi destaca, principalmente, o uso da mão-de-obra local e não qualificada, justamente a que tem mais dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. “Como os serviços são orientados por técnicos do DER, o trabalhador não precisa necessariamente ter experiência nesse tipo de serviço”, explica. “Abre-se trabalho na pedreira que fornece o material, no transporte do material e no próprio calçamento”, completa.
Convênios
Na última terça-feira (22), em solenidade no Palácio Iguaçu com a presença do governador Roberto Requião e do secretário Pugliesi, foram assinados 107 convênios com 84 municípios para a execução dos dois programas.
O Caminhos da Roça utiliza recursos da Secretaria dos Transportes. Pelo Paraná 12 Meses, os serviços de adequação de estradas e pavimentação com pedras têm financiamento do Bird.
O secretário dos Transportes destaca a importância social das obras nas estradas municipais. “Esses programas têm a grande vantagem de ocupar intensamente a mão-de-obra local e auxiliar a inclusão social, sendo um grande fomentador de desenvolvimento ao recuperar e melhorar a capacidade de transporte das rodovias rurais”, analisa.
“Se somarmos a fase um com a fase dois do Caminhos da Roça, mais as retomadas de convênios e mais os financiamentos do Bird, o governo do Estado atuará em 900 quilômetros de estradas rurais, investindo cerca de R$ 50 milhões”, calcula o secretário.
Desde o início do governo, já foram atendidos mais de 100 municípios. Com isso, o programa cumpre os seus principais propósitos de facilitar o escoamento da safra e o deslocamento da população aos centros urbanos. “Os programas que atuam em rodovias municipais envolvem muito mais que adequação de estradas, mas leva o desenvolvimento e a cidadania para a população rural do Paraná”, diz o secretário.
Cada um dos municípios beneficiados recebe em torno de 6 km de estradas rurais pavimentadas com pedras irregulares. “A prioridade é dos municípios com mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, diz Pugliesi. “A maior parte dos municípios, principalmente os menos desenvolvidos, não tem condições financeiras para reverter esse quadro. Por isso, compete ao Estado e à União fomentar ações para a melhoria da infra-estrutura viária das localidades menos favorecidas”, complementa Pugliesi.