Os bancários entregaram, nesta sexta-feira (12), a pauta de reivindicações da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade patronal que representa os bancos sediada em São Paulo. Os trabalhadores pedem reajuste salarial, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e das demissões, mais contratações e segurança para trabalhadores e clientes.
A categoria, que tem reivindicação nacional, pede 12,85% de reajuste no salário – índice que contempla a reposição da inflação – e 5% de aumento real. Outro pedido é o piso salarial de R$ 2.297,51 e aumento em todos os benefícios (vale-refeição, alimentação e auxílio creche) para R$ 545. Eles querem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mínimos mais R$4.5 mil fixos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, um dos pontos mais importantes da negociação é a questão da saúde e as condições de trabalho. “Os bancários são uma das categorias mais adoecidas do País. Somente no ano passado, 1,2 mil funcionários tiveram que ser afastados por problemas de saúde”, salienta.
Transtornos ligados a depressão e ansiedade são as doenças mais comuns e acarretam 50% dos trabalhadores que pedem afastamento. “Isso é causado pelo assédio moral e metas abusivas que a categoria tem que cumprir”, afirma Dias.
No Paraná, o principal problema enfrentado pelos bancários é a falta de segurança nas agências, diz o presidente do Sindicato. Somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 838 ataques a bancos no País, sendo que o Paraná concentrou 56 assaltos. No mesmo período de 2010, foram 26 crimes no Estado. “Esse aumento é muito assustador e preocupante. Não só gera stress na categoria, mas também nos clientes. Precisamos de mais investimentos em segurança”, ressalta Dias.
A Fenaban ainda não se pronunciou sobre o assunto.