O economista Paulo Furquim de Azevedo está encerrando suas atividades como integrante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No início da sessão de hoje, na qual o Cade julgará a questão da exclusividade da Visanet no credenciamento da bandeira de cartões de crédito Visa, Furquim anunciou a renúncia ao cargo de conselheiro, alegando motivos pessoais e necessidade de reassumir seu posto de professor na Fundação Getúlio Vargas (FGV), do qual estava licenciado.
No plenário do Cade, ocorreu uma solenidade em que os conselheiros homenagearam Furquim, que estava no segundo mandato e entregou recentemente carta de renúncia ao ministro da Justiça, Tarso Genro. O economista, cujo mandato terminaria no dia 2 de janeiro, é autor de pareceres sobre casos importantes que ainda tramitam no Cade, como as fusões entre Oi e BrT, Sadia e Perdigão, Itaú e Unibanco e Pão de Açúcar e Ponto Frio. Os casos, que ainda estão em fase de instrução nos órgãos que integram o sistema de defesa da concorrência, só devem ser julgados pelo Cade em 2010.
O caso que está em julgamento na sessão de hoje do Conselho é o parecer de Furquim que suspendeu a medida preventiva em que a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, determinava a quebra da exclusividade da Visanet no credenciamento da bandeira de cartões Visa no País.