A operação de busca do ex-banqueiro Salvatore Cacciola vinha sendo comandada, desde 2005, pela delegada federal Vanessa Gonçalves Leite de Souza, então chefe do Serviço de Difusões e Procurados Internacionais da Interpol do Brasil. Foi ela quem, na companhia do delegado Zulmar Pimentel, que ao mesmo tempo era diretor de polícia executivo (DPE) da Polícia Federal – segundo cargo na hierarquia da instituição – e delegado da Interpol Internacional para a América Latina, vinha tentando seguir os passos do ex-banqueiro na Itália.
Os dois, juntos, estiveram na sede da Interpol em Lion (sul da França), em busca de ajuda para localizar Cacciola fora da Itália. O ex-banqueiro, como Pimentel admitiu há algum tempo, depois da prisão de Fernandinho Beira-Mar, transformou-se em prioridade número 1 da Polícia Federal no exterior. Os delegados conseguiram ajuda de policiais de alguns países o que permitiu, por exemplo, a localização exata do foragido na Itália.
Mesmo sabendo que não contavam com a colaboração da polícia italiana – por ter nascido em Milão, a legislação local não permitia sua extradição – policiais federais da equipe da delegada foram até Roma levantar os últimos passos do ex-banqueiro. Juntavam informações para caçá-lo fora da Itália, como acabou acontecendo no sábado, em Mônaco. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.