A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, 24, detalha que – após cortar a Selic de 6,00% para 5,50% ao ano, o colegiado decidiu comunicar também a avaliação de que a consolidação do cenário benigno para a inflação à frente deverá permitir um ajuste adicional no grau de estímulo monetário. Ou seja, um novo corte na taxa básica de juros na próxima reunião.

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“Tendo em vista sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões, o Copom julgou ser fundamental reiterar que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e enfatizar que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, repetiu o documento.

A ata desta terça explica ainda que a taxa de juros estrutural é um ponto de referência para a condução da política monetária, mas considera que ela não é observável. Portanto, as estimativas dessa taxa são continuamente reavaliadas pelo BC.

O Copom detalha que, quando a política monetária produz uma taxa de juros real (ex-ante) aquém da taxa estrutural, ela provê estímulos para a atividade econômica e contribui para um aumento da inflação. Por isso, em cada reunião o colegiado avalia se a Selic estará em nível adequado, considerando os fatores que influenciam não só projeções de inflação, como também o balanço de riscos e a evolução da atividade econômica.

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“Cabe destacar que a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas”, enfatizou o colegiado.

Reformas

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O documento repete que a continuidade do processo de reformas na economia brasileira são essenciais para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia. “Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva”, reforça a ata.