Com a inauguração, ontem, da primeira passarela suspensa sobre via pública da América Latina, o Shopping Mueller marcou os vinte anos de atuação em Curitiba. A obra, com nove metros de altura e 61 metros de extensão, vai ligar o novo estacionamento – construído na Rua Mateus Leme com capacidade para 840 vagas – às oito salas de cinemas, que entrarão em funcionamento no final do ano.
Com o investimento, que absorveu recursos na ordem de R$ 18 milhões, o shopping espera ampliar em 30% o movimento no local – que hoje é de trinta mil pessoas por dia. O presidente do Mueller, Salomão Soifer, afirma que, com a operação das salas de cinema, o Mueller vai preencher uma lacuna existente no shopping, dando mais opções para os freqüentadores. “O Mueller estava defasado em atrações noturnas, mas em breve estará oferecendo mais essa opção para os clientes”, revelou.
O multiplex do Shopping Mueller será dividido em oito salas com capacidade para 2.224 pessoas. A empresa norte-americana Cinemark irá investir R$ 10 milhões no projeto, e espera faturar com a operação R$ 9 milhões por ano. As salas do Mueller vão seguir os padrões adotados pela empresa nos três mil pontos de exibição instalados em países como Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Chile e Peru. Entre os atrativos estão som digital, isolamento acústico, poltronas reclináveis com braços móveis e venda de ingressos automatizados.
Pioneiro
O Shopping Mueller foi o primeiro no segmento em Curitiba, inaugurado em setembro de 1983, no prédio que antes abrigava a Metalúrgica Marumby, de Gotlieb Mueller. Apesar de ser uma novidade para a época, o empreendimento recebeu o respaldo de muitos empresários, que até hoje estão no local. É o caso de Dionísio Wosniaki, proprietário do Centro Ótico Visorama, que foi o primeiro a assinar o contrato com o shopping, em 31 de julho de 1981. “Eu não tive dúvidas que o shopping era o melhor local para o investimento, pois além da comodidade e segurança, era uma opção para os consumidores que tinham até às 21h para fazer suas compras”, disse Wosniaki. E os resultados foram tantos, que das nove lojas do grupo, sete estão instaladas em shoppings.
A mesma opinião tem o diretor de marketing da joalheria Bergerson, Marcelo Bergenson – que foi a segunda empresa a assinar contrato com o Mueller, também em 1981. “Nós inauguramos a primeira loja há quase quarenta anos na Rua Ébano Pereira, e por falta de opção, a segunda a cem metros do local. O shopping surgiu com uma excelente opção para a expansão dos negócios”, disse. Hoje, 70% dos pontos de vendas da Bergerson estão em shoppings no Paraná e Santa Catarina.