A Passaredo Linhas Aéreas anuncia nesta sexta-feira, 6, a nova malha aérea no aeroporto de Congonhas, com 26 voos diários e diretos em São Paulo e outros sete municípios. As operações começam em 27 de outubro, com operações entre a capital paulista e Ribeirão Preto, Bauru, Marília e Araçatuba, no Estado de São Paulo, além de Dourados (MS), Uberaba (MG) e Macaé (RJ). Serão 158 voos semanais operados com aeronaves turboélices ATR 72-600, com capacidade para 70 passageiros.
O anúncio, feito em uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, ocorre após a Passaredo anunciar a aquisição de 100% do controle societário da MAP Linhas Aéreas, em 21 de agosto.
O negócio permitiu que a companhia aérea, com sede em Ribeirão Preto, assumisse e 26 dos 41 slots (autorizações para pousos e decolagens) em Congonhas que foram redistribuídos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) após a Avianca Brasil deixar de operar durante o processo de recuperação judicial.
Das 41 autorizações para empresas que não operavam em Congonhas, 14 foram para a Passaredo e 12 para a MAP, cujas operações são restritas aos Estados do Amazonas e do Pará. As outras 15 ficaram com a Azul Linhas Aéreas.
Segundo Eduardo Busch, CEO da Passaredo, todas as novas operações começarão na mesma data de outubro. Ribeirão Preto terá o maior número de operações, oito por dia (quatro idas e quatro voltas), por ser o hub da companhia área para grande parte dos destinos. As operações da MAP, nos Estados do Amazonas e Pará, seguem independentes.
“Os passageiros que já utilizam a Passaredo de voos do Centro-Oeste para Ribeirão Preto, por exemplo, terão facilidade para chegar a Congonhas utilizando uma conexão”, explicou Busch. De acordo com o executivo, os investimentos na operação foram pequenos “e dentro do fluxo de caixa da companhia”.
Três aviões da MAP estão sendo remanejados da Região Norte para operar em Congonhas e três outras novas aeronaves serão incorporadas até o final do ano, elevando a frota para 14. “Vamos gerar cerca de 180 novos empregos diretos, 100 funcionários para operar em terra e 80 tripulantes entre pilotos e comissárias”, disse.
Para Busch, a redistribuição dos slots que permitiu a Passaredo operar em Congonhas, “o aeroporto mais lucrativo da América Latina”, favoreceu também a concorrência no mercado aéreo brasileiro e o atendimento a polos econômicos. “Dos sete novos destinos, seis não tinham acesso a aeroporto de Congonhas (apenas Ribeirão Preto já possuía). São polos importantes, como os do Estado de São Paulo, com mais de 1 milhão de habitantes cada”, afirmou o CEO da Passaredo.
Com os novos destinos, a Passaredo vai dobrar de tamanho, de acordo com o executivo. Ele lembra que a companhia já foi maior no passado do que será no futuro. No entanto, a companhia aérea enfrentou uma crise econômica, com uma recuperação judicial finalizada em 2017, e foi obrigada a reduzir a malha área. “Estamos voltando ao tamanho de quatro anos atrás, mas não vamos ter as dores do crescimento porque já fomos maiores do que seremos”, concluiu Busch.