A passagem da equipe de técnicos da agência de classificação de risco Fitch pelo Banco Central nesta quarta-feira, 23, em Brasília, foi discreta, apesar da tensão vivida em outras áreas da instituição por causa da variação dos ativos, em especial do dólar e das taxas de juros. Tida como uma reunião “ordinária”, de praxe, o sigilo sobre a visita imperou na instituição, assim como foi no Ministério da Fazenda e no Tribunal de Contas da União (TCU) ontem. Amanhã, a equipe da Fitch parte para São Paulo para se reunir com os bancos.

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O papel do BC nessas ocasiões é apresentar indicadores da economia brasileira para as agências de classificação. Dessa forma, o discurso apresentado pela cúpula do BC deve ter sido muito em linha com a postura do presidente da instituição, Alexandre Tombini, na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Entre outras coisas, ele reafirmou a linha mestra do Comitê de Política Monetária (Copom) de que os juros vão se manter por um tempo suficientemente prolongado, de que a taxa de câmbio do País é flutuante e de que o governo tentaria evitar a perda do grau de investimento por duas agências. No último dia 9, o País foi rebaixado pela Standard & Poor’s.

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