A OMC (Organização Mundial de Comércio) confirmou ontem a escolha do francês Pascal Lamy para o cargo de novo diretor-geral da organização que regula o comércio mundial. Lamy, no entanto, só vai assumir a nova função em 1.º de setembro, após o término do mandato do atual diretor-geral, Supachai Panitchpakdi.
O francês divulgou uma nota afirmando estar honrado com a escolha e prometendo se concentrar em concluir com sucesso a atual rodada de negociações comerciais. Lamy foi eleito no último dia 13 com a eliminação do candidato uruguaio, apoiado pelo Brasil, Carlos Pérez del Castillo. Faltava, entretanto, uma declaração de apoio de todos os 148 países-membros da organização para sua nomeação oficial.
O processo de seleção começou no fim de janeiro, com a apresentação de quatro candidatos: o francês Lamy, o uruguaio Castillo, o candidato de Maurício, Jaya Krishna Cuttaree, e o embaixador brasileiro Luiz Felipe Seixas Corrêa.
O candidato brasileiro foi eliminado na primeira rodada de escrutínios, no mês passado. Depois, foi anunciada a saída de Cuttaree. Na reta final da eleição, o Brasil anunciou seu apoio a Castillo, que perdeu.
O atual mecanismo de escolha do novo diretor foi adotado em 2002 e baseia-se em uma eleição feita por processos de eliminação.
O Conselho Geral da OMC consulta os representantes dos países-membros para saber em torno de qual candidato é mais provável haver consenso.
Em cada rodada de consultas, o candidato que tiver menos chances de criar consenso se retira da disputa. Com o término das consultas, a OMC convoca os embaixadores dos países-membros para comunicar o resultado.
Depois, os embaixadores se reúnem no Conselho Geral para aclamar oficialmente o novo diretor.